O grupo focal como instrumento avaliativo de uma sequência de aulas sobre o Cerrado

Autores/as

  • Jullyanna Cabral Moura Universidade Estadual de Goiás
  • Marcelo Duarte Porto Universidade Estadual de Goiás
  • Hélida Ferreira Cunha Universidade Estadual de Goiás

DOI:

https://doi.org/10.33837/msj.v2i1.890

Palabras clave:

educação científica, ensino por investigação, categorização, análise de conteúdo, Cerrado.

Resumen

O presente estudo realizou uma sequência de aulas de ciências para uma turma de 6º ano, que se finalizou com um grupo focal. Assim, buscou-se atingir os seguintes objetivos: verificar a opinião dos alunos sobre as atividades; conferir quais as estratégias metodológicas eles mais gostaram; verificar se as aulas proporcionaram conhecimentos, mudanças de comportamentos e valores; averiguar quais aspectos relacionados ao Cerrado mais chamaram a atenção deles; avaliar a sequência didática; e analisar o grupo focal como instrumento para a avaliação da aprendizagem. Realizou-se a análise de conteúdo, por categorização, para analisar os resultados. As conclusões sugerem que o grupo focal auxilia na verificação da aprendizagem. Os educandos reconheceram o prazer em aprender e perceberam que ocorreu construção do conhecimento. Afirmaram que foi a importância de conhecer o Cerrado para preservá-lo o que mais chamou a atenção. Fizeram uma avaliação positiva das aulas, esclarecendo que as melhores estratégias de ensino são aquelas que permitem a participação ativa dos estudantes. Os resultados sugerem que o grupo focal possibilita a coleta de informações sobre as percepções e necessidades dos estudantes. Assim, parece auxiliar na compreensão da realidade vivenciada na sala de aula e, quem sabe, contribuir na solução de problemas.

Biografía del autor/a

Jullyanna Cabral Moura, Universidade Estadual de Goiás

Mestre em Ensino de Ciências, Campus de Ciências Exatas e Tecnológicas, Universidade Estadual de Goiás.

Marcelo Duarte Porto, Universidade Estadual de Goiás

Doutor em Psicologia, Docente de Ensino Superior, Campus de Ciências Exatas e Tecnológicas, Universidade Estadual de Goiás

Hélida Ferreira Cunha, Universidade Estadual de Goiás

Doutora em Ciências Ambientais, Docente de Ensino Superior, Campus de Ciências Exatas e Tecnológicas, Universidade Estadual de Goiás

Citas

Araújo, C.S.C. et al. (2013). Formação inicial de professores em atividade de educação científica: explorando ambientes não formais de educação. Pesquisa em Educação Ambiental, 8, (2), 97-110.

Bardin, L. (1977). Análise de conteúdo (70 ed.) Lisboa: Edições.

Bezerra, A.S. & Porto, M.D. (2010). Prevenção ao fenômeno bullying: um estudo com grupos focais sobre o papel social do professo. (1 ed.) Curitiba: CRV.

Bona, A.S. & Souza, M.T.C.C. (2015). Aulas investigativas e a construção de conceitos de matemática: um estudo a partir da teoria de Piaget. Psicologia USP, 26(2), 240-248.

Borges, C.D. & Santos, M.A. (2005). Aplicações da técnica do grupo focal: fundamentos metodológicos, potencialidades e limites. Revista da SPAGESP, 6(1), 74-80.

Dall’agnol, C.M. & Trench, M.H. (1999). Grupos focais como estratégia metodológica em pesquisas na Enfermagem. Rev Gaúcha Enferm., 20(1), 5-25.

Dall’agnol, C.M.; Magalhães, A.M.M.; Mano, G.C.M.; Olschowsky, A. & Silva, F. P. (2012). A noção de tarefa nos grupos focais. Rev Gaúcha Enferm., 33(1), 186-190.

Dias, C.A. (2000). Grupo focal: técnica de coleta de dados em pesquisas qualitativas. Informação & Sociedade: Estudos, 10(2), 1-12.

Fernandes, P.A. & Pêssoa, V.L.S. (2011). O Cerrado e suas atividades impactantes: uma leitura sobre o garimpo, a mineração e agricultura mecanizada. Observatorium: Revista Eletrônica de Geografia, 3(7), 19-37. Disponível em: <http://www.observatorium.ig.ufu.br/pdfs/3edicao/n7/2.pdf>. Acesso em: 10 jul. 2015.

Fourez, G. (2003). Crise no ensino de ciências? Investigações em Ensino de Ciências, 8(2), 109-123.

Furth, H.G. (1997). Piaget na sala de aula (6ªed.) Rio de Janeiro: Forense Universitária.

Gomes, A.A. (2005). Apontamentos sobre a pesquisa em educação: usos e possibilidades do grupo focal. Eco S Revista Científica, 7(2), 275-290.

Iervolino, S.A.; Pelicioni, M.C.F. (2001). A utilização do grupo focal como metodologia qualitativa na promoção da saúde. Revista da Escola de Enfermagem da USP, 35(2), 115-121.

INEP. INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA. Informações estatísticas: Indicadores educacionais. Disponível em: <http://portal.inep.gov.br/indicadores-educacionais/>. Acesso em: 27 out. 2015.

Layrargues, P.P. (2012). Para onde vai a educação ambiental? O cenário político-ideológico da educação ambiental brasileira e os desafios de uma agenda política crítica contra-hegemônica. Revista Contemporânea de Educação, 7(14), 398-421.

Lopes, R.B. Gomes, C.A. (2012). Paz na sala de aula é uma condição para o sucesso escolar: que revela a literatura? Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação, 20(75), 261-282. Disponível em: <http://revistas.cesgranrio.org.br/index.php/ensaio/article/view/401>. Acesso em: 15 maio. 2016.

Lüdke, M.; André, M.E.D.A. (1986). Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: Editora Pedagógica e Universitária.

Morgan, D.L. (1997). Focus Groups as Qualitative Research. (2ªed.) Newbury Park, CA: Sage.

Munford, D.; Lima, M.E.C.C. (2007). Ensinar ciências por investigação: em que estamos de acordo? Ensaio: Pesquisa em Educação em Ciências, 9(1), 72-89.

Piaget, J. (2010). Psicologia e pedagogia: a resposta do grande psicólogo aos problemas do ensino. (10ª ed.) Rio de Janeiro: Forense Universitária.

Reigota, M. (2009). O que é educação ambiental (2ª ed.) São Paulo: Brasiliense.

Rosa, P.R.S. 2000. O uso dos recursos audiovisuais e o ensino. Cad.Cat.Ens.Fís., 17(1), 33-49.

Sasseron, L.H. & Duschl, R.A. (2016). Ensino de ciências e as práticas epistêmicas: o papel do professor e o engajamento dos estudantes. Investigações em Ensino de Ciências, 21(2), 52-67.

Serpe, B.M.; Rosso, A.J. (2010). Uma leitura piagetiana do papel da percepção na construção do conhecimento socioambiental em trilhas interpretativas. Revista Eletrônica de Psicologia e Epistemologia Genéticas, 3(5), 28-56. Disponível em: < http://www.bjis.unesp.br/ojs-2.4.5/index.php/scheme/article/view/1967/1619>. Acesso em: 05 dez. 2015.

Westphal, M.F.; Bógus, C.M.; Faria, M.M. (1996). Grupos focais: experiências precursoras em programas educativos em saúde no Brasil. Boletim de La oficina Sanitária Panamericana, 120(6), 472-482.

Publicado

2019-06-01

Cómo citar

Moura, J. C., Porto, M. D., & Cunha, H. F. (2019). O grupo focal como instrumento avaliativo de uma sequência de aulas sobre o Cerrado. Multi-Science Journal, 2(1), 70–76. https://doi.org/10.33837/msj.v2i1.890

Número

Sección

Teaching & Education