INDICAÇÕES TÉCNICAS PARA EXECUÇÃO DE TESTE DE TETRAZÓLIO EM SEMENTES DE GRÃO DE BICO

Resumen

O grão-de-bico é cultivado em 14.5 milhões de hectares em 58 países, com uma produção total de 14.7 milhões de toneladas, sendo que 73,5% na região da Ásia (FAO, 2018) . No Brasil, a produção dessa leguminosa é primário e não atende à demanda interna de consumo, por isso, faz-se necessário a importação de grande volume de grãos (AVELAR et al., 2018a). Em 2019, o Brasil exportou 60 toneladas de grão de bico, dos quais 79% foram destinados à Índia, e importou pouco mais de 7 mil toneladas do México e Argentina (BRASIL, 2020) para atender o consumo interno.

Dentre os testes possíveis de serem utilizados na avaliação da qualidade fisiológica de sementes destaca-se o tetrazólio, o qual, segundo Araújo et al. (2019), é amplamente utilizado para estimar a viabilidade de sementes de várias espécies agrícolas como por exemplo feijão-caupi (RODRIGUES et al., 2015), arroz (CARVALHO et al., 2019), soja (PEREIRA et al., 2019) cenoura (LIMA et al., 2018). Essa notoriedade se deve a rapidez e eficácia no fornecimento de resultados (ARAÚJO et al., 2019) além de ser econômico (LIMA et al., 2018).

O teste de tetrazólio é um teste bioquímico, baseado na atividade enzimática das desidrogenases, as quais catalisam reações respiratórias no interior das células vegetais (CARVALHO et al., 2019). Para a adequação da metodologia do teste de tetrazólio para novas espécies, além da definição da concentração da solução, do tempo de exposição e da temperatura (BRASIL, 2009; FRANÇA NETO et al., 2000), outros aspectos devem ser considerados, sendo esta adequação importante para eficácia do método (CARVALHO et al., 2017).  O conhecimento dos aspectos botânicos, anatômicos e morfológicos da semente e plântula, também são necessários para a boa interpretação do teste. 

Neste sentido o presente trabalho tem como objetivo buscar ajustes dos procedimentos de preparo das sementes de grão de bico para condução adequada eficaz do teste de tetrazólio.