A indiferença é um grau de liberdade
DOI:
https://doi.org/10.33837/msj.v1i1.53Resumo
Apresenta-se aqui uma explanação cartesiana sobre o tema da indiferença abarcando a liberdade humana. As teses que tentam explicar o termo são expostas em duas cartas de Descartes a Mesland, de 2 de maio de 1644 e 9 de fevereiro de 1645, cujas traduções estão anexadas ao trabalho, pois são fundamentais para a elaboração do problema. O tema, por sua vez, suscita grandes questões como o papel da vontade; a importância da luz natural, que ilumina a razão e permite ao homem escolhas consolidadas pela evidência (clareza e distinção), o que o leva em direção ao verdadeiro e bom. Por isso, afirmamos que a indiferença, para o homem, deve ser entendida em dois sentidos, um negativo e outro positivo. No sentido negativo trata-se da pouca motivação da vontade (quando a evidência não é clara). No sentido positivo é exatamente o poder da faculdade de escolha de se determinar, como no caso em que a razão propende para um lado e a vontade pode escolher o contrário. O objetivo principal do artigo é proporcionar aos estudiosos cartesianos uma pesquisa sobre o tema aberto a discussões – a indiferença – e, com a tradução, disponibilizar material para a pesquisa no Brasil.
Palavras-chave: Indiferença, Descartes, Mesland, Vontade.
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