Sobre a questão do método de redução fenomenológica em Heidegger
DOI:
https://doi.org/10.33837/msj.v1i7.196Palavras-chave:
Fenomenologia. Ontologia. Redução. Heidegger. Husserl.Resumo
O presente artigo propõe examinar a questão do método fenomenológico adotado por Heidegger em Ser e Tempo. Nesta acepção, irá tentar-se explicitar o modo como a investigação de Heidegger se articula em torno da pergunta sobre o sentido do ser em estreita conexão com a ideia de fenomenologia legada por Husserl. Começamos, portanto, de uma leitura que visa abranger a hermenêutica e a analítica existencial para entender como Heidegger repete e reelabora a interrogação ontológica a partir do conceito de método husserliano. Heidegger assume que a ontologia só é possível como fenomenologia. Em que medida, porém, ele se apoia nas aquisições teóricas de Husserl ao admitir tal? É possível dizer que ele faz recurso à épochè e à redução fenomenológica no seu esforço de retomar a investigação sobre o ser? É verdade que Heidegger rejeita o viés teórico e intelectualista que Husserl concede à redução? Na tentativa de responder tais questões, a opção deste trabalho é consultar as seções sobre método delineadas ao longo de Ser e Tempo, analisando as mudanças que Heidegger efetua na fenomenologia transcendental a fim de conciliá-la com o seu projeto de constituição de uma ontologia fenomenológica.
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