Transplante de microbiota intestinal e o Clostridium difficile: indicações e diagnóstico laboratorial
DOI:
https://doi.org/10.33837/msj.v2i3.1064Palavras-chave:
Clostridium difficile, Transplante de Microbiota Fecal, Enterocolite Pseudomembranosa.Resumo
O Clostridium difficile (CD) é o agente patogênico mais frequente em infecções hospitalares, responsável por cerca de 25% das diarreias associadas a antibióticos, acometendo principalmente idosos, imunocomprometidos e pacientes hospitalizados. São bacilos formadores de esporos resistentes as condições do meio, gerando infecção através da sua ingestão e liberação de toxinas. Os sintomas mais leves incluem diarreia aquosa, náusea, dores abdominais e febre, já em casos mais graves colite pseudomembranosa, megacolon tóxico ou perfuração intestinal, que pode resultar em septicemia e morte. Seu diagnóstico é realizado principalmente através de ensaios imunoenzimáticos que realizam a pesquisa das toxinas da bactéria. O tratamento consiste na utilização de antibióticos como vancomicina e metronidazol, porém esses podem apresentar uma recidiva da doença. Atualmente há a pesquisa do transplante de microbiota fecal, como tratamento, esse apresenta como foco restabelecer o equilíbrio da microbiota. O presente trabalho teve como objetivo a investigação laboratorial que leva a indicação do transplante de microbiota fecal como tratamento da infecção por CD. Foi realizada uma revisão bibliográfica narrativa, com artigos publicados entre os anos de 1999 a 2019. Constatou-se que o transplante da microbiota fecal apresenta 90% de sucesso no tratamento da recidiva do CD na maioria dos trabalhos.Referências
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