FORMULADO DE ALECRIM NO CONTROLE DE ANTRACNOSE E CONSERVAÇÃO EM PÓS-COLHEITA DE BANANA NANICÃO
DOI:
https://doi.org/10.33837/msj.v2i2.1023Palavras-chave:
Colletotrichum musae, Controle alternativo, Rosmarinus officinalis L..Resumo
A banana apresenta elevada suscetibilidade a doenças como as podridões que diminuem o tempo de prateleira do fruto. Uma das formas de controlar as doenças seria a utilização de métodos alternativos como os extratos de plantas medicinais. Assim, o objetivo deste estudo foi verificar a ação de formulados de alecrim (Rosmarinus officinalis L.) pó e líquido no controle de antracnose causada pelo fungo Colletotrichum musae (Berk & Curt.) Von Arx. e na maturação de banana ‘Nanicão’ em pós-colheita. Foram utilizadas as concentrações 0%; 0,25%; 0,5%; 1%; 1,5% e 2% do pó solúvel de extrato de alecrim diluído em água destilada, e as concentrações 0%; 0,5%; 1%; 2%; 4% e 6% do formulado aquoso contendo 21% de resíduo seco de alecrim diluído em água destilada. Foi realizada a mensuração da área de cada fruto e avaliada a severidade e a maturação a partir de porcentagem de área dos frutos, sendo os resultados utilizados para calcular a área abaixo da curva de progresso da doença (AACPD) e a porcentagem de maturação dos frutos. Realizou-se analise de regressão a partir dos dados obtidos e pode-se verificar que para o formulado de alecrim em pó a AACPD reduziu mais de 29% e para a maturação a redução foi de 21,72%. Para o formulado líquido a redução foi de 14,31% para AACPD e cerca de 10% para maturação. Assim, concluiu-se que houve eficiência por parte dos formulados de alecrim no controle da antracnose e no aumento da vida de prateleira da banana ‘Nanicão’.
Referências
Almeida, E. N.; Moura, G. S.; Franzener, G. (2017). Potenciais alternativas com extratos vegetais no controle da pinta preta do tomateiro. Revista Verde de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável, Pombal, 12, 687-694.
Almeida, J. A.; Gherardi, S. R. M. (2018). Trufa de chocolate meio amargo com biomassa de banana verde. Multi-Science Journal, 1(13), 45-47.
Andrade, B. A.; Perius, D. B.; Mattos, N. V.; Luvielmo, M. M.; Mellado, M. S. (2018). Produção de farinha de banana verde (Musa spp.) para aplicação em pão de trigo integral. Brazilian Journal of Food Technology, 21, e2016055, 1-10.
Araújo, S. G.; Pinto, M. E. A.; Silva, N. L.; Santos, F. J. L.; Castro, A. H. F.; Lima, L. A. R. S. (2013). Antioxidant and allelopathic activities of extract and fractions from Rosmarinus officinalis. Biochemistry and Biotechnology Reports, 2, 35-43.
Campbell, C. L.; Madden, L. V. (1990). Introduction to plant disease epidemiology. New York: Wiley.
Castilho, L. G.; Alcantara, B. M.; Clemente, E. (2014). Desenvolvimento e análise físico-química da Farinha da casca, da casca in natura e da polpa de Banana verde das cultivares maçã e prata. E-xacta, 7(2), 107-114.
Cordeiro, Z. J. M.; Matos, A. P.; Kimati, H. (2016). Doenças da bananeira. In: Amorim, L.; Rezende, J. A. M.; Bergamin Filho, A.; Camargo, L. E. A. Manual de fitopatologia, doenças das plantas cultivadas. Ouro Fino: Editora Agronômica Ceres Ltda.
Cruz, C. D. (2013). Genes: a software package for analysis in experimental statistics and quantitative genetics. Acta Scientiarum. Agronomy, 350(3), 271-276.
FAO, Food and Agriculture Organization of the United Nations, Produção Mundial. (2016). Disponível em: < http://www.cnpmf.embrapa.br/Base_de_Dados/index_xls/mundo/banana/banana_mu ndo.htm>. Acesso em: 15 novembro 2017.
Figueiredo, Y. F.; Altoé, L. S.; Gonçalves, L. C.; Rodriguez, G. A. A.; Silva, M. B. (2017). Controle alternativo de Colletotrichum musae com extrato de mil folhas. Revista Fitos, 11(2), 119-249.
Heling, A. L.; Kuhn, O. J.; Stangarlin, J. R.; Henkemeier, N. P.; Coltro-Roncato, S.; Gonçalves, E. D. V. (2017). Controle biológico de antracnose em pós colheita de banana “Maçã” com Saccharomyces spp. Summa Phytopathologica, 3(1), 49-51.
Hygreeva, H.; Pandey, M. C.; Radhakrisma, K. (2014). Potential applications of plant base derivatives as fat replacers, antioxidants and antimicrobials in fresh and processed meat products. Meat Science, 98, 47-57.
Itako, A. T.; schwan-Estrada, K. R. F.; Stangarlin, J. R.; Tolentino Júnior, J. B.; Cruz, M. E. S. (2009). Controle de Cladosporium fulvum em tomateiro por extratos de plantas medicinais. Arquivos do Instituto Biológico, 76, 75-83.
Lima, A. X. L.; Vargas, L. P. (2015). Alternativas socioeconômicas para os agricultores familiares: o papel de uma associação agroecológica. Revista Ceres, 62(2), 159-166.
Lorenzetti, E.; Stangarlin, J. R.; Kuhn, O. J. (2017). AntifungalactivityofrosemaryextractonMacrophominaphaseolinaandcharcoalrotcontrol in soybean. Journal of Plant Pathology, 99, 777-780.
Maia, A. J.; Schwan Estrada, K. R. F; Faria, C. M. D. R.; Oliveira, J. S. B.; Jardinetti, V. A.; Batista, B. N. (2014). Óleo essencial de alecrim no controle de doenças e na indução de resistência em videira. Pesquisa Agropecuária Brasileira, 49(5), 330-339.
Mattei, D.; Dias-Arieira, C. R.; Biela, F.; Roldi, M.; Silva, T. R. B.; Rampim, L.; Dadazio, T. S.; Tavares-Silva, C. A. (2014). Essential oil of Rosmarinus officinalis in the control of Meloidogyne javanica and Pratylenchus brachyurus in soybean. Bioscience Journal, 30(2), 469-476.
Müller, M. A.; Mioranza, T. M.; Stangarlin, J. R.; Kuhn, O. J.; Battistus, A. G.; Istchuk, A. N.; Fuchs, F. (2016). In vitro toxicity and control of Meloidogyne incognita in soybean by rosemary extract. Semina. Ciências Agrárias, 37, 103-110.
Moraes, W. S.; Zambolim, L.; Lima, J. D. (2008). Quimioterapia de banana ‘prata anã’ no controle de podridões em pós-colheita. Arquivos do Instituto Biológico, 75, 79-84.
Negreiros, R. J. Z.; Salomão, L. C. C; Pereira, O. L.; Cecon, Siqueira, P. R. D. L. (2013). Controle da antracnose na pós-colheita de bananas ‘Prata’ com produtos alternativos aos agrotóxicos convencionais. Revista Brasileira de Fruticultura, 35, 51-58.
Oliveira, E. S.; Viana, F. M. P.; Martins, M. V. V. (2016). Alternativas a Fungicidas Sintéticos no Controle da Antracnose da Banana. Summa Phytopathologica, 42(4), 340-350.
Rašković, A.; MilanoviĆ, I.; Pavlović, N. Ćebović, T.; Vukmirović, S.; Mikov, M. (2014). Antioxidant activity of rosemary (Rosmarinus officinalis L.) essential oil and its hepatoprotective potential. BMC Complementary and Alternative Medicine, 14, 225.
Ruppelt, B. M.; Kozera, C.; Zonetti, P. C.; Paulert, R.; Stefanello, S. (2015). Plantas medicinais utilizadas na região oeste do Paraná. Curitiba: UFPR.
Sakurai, F. N.; Estrela, K. C. A.; Tamayo, M. S.; Casseb, M. O.; Nakasato, M. (2016). Caracterização das propriedades funcionais das ervas aromáticas utilizadas em um hospital especializado em cardiopneumologia. Demetra, 11(4), 1097-1113.
Silva, A. A.; Barbosa Junior J. L.; Barbosa, M. I. M. J. (2015ª). Banana verde como ingrediente funcional em produtos alimentícios. Ciência Rural, 45(12), 2252- 2258.
Silva, A. A.; Barbosa Junior J. L.; Barbosa, M. I. M. J. (2015b). Farinha de banana verde como ingrediente funcional em produtos alimentícios. Ciência Rural, 45(12), 2252-2258.
Silva, L. M.; Barbosa, M. G.; Fernandes, M. B.; Ribeiro, R. C. F.; Mizobutsi, E. H. (2016). Progresso Temporal e Controle da Antracnose em Banana no Semiárido Norte Mineiro. Revista Brasileira de Fruticultura, 38, 081-091.
Soglio, F. D.; Kubo, R. R. (2016). Desenvolvimento, agricultura e sustentabilidade. Porto Alegre: UFRGS.
Teske, M.; Trentini, A. M. M. (1997). Herbarium - Compêndio de Fitoterapia. Curitiba: Herbarium Laboratório Botânico.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).