Comparação de protocolos para extração de DNA genômico de Calotropis procera Ait. R. Br. (Apocynaceae: Asclepiadoideae)
DOI :
https://doi.org/10.33837/msj.v1i13.654Mots-clés :
Ácidos nucleicos, biologia molecular, flor de seda, genéticaRésumé
A flor de seda, como é popularmente conhecida a espécie Calotropis procera [Ait. R. Br.] é uma planta que possui entre as suas propriedades químicas diversas funcionalidades, podendo ser utilizada como complemento alimentar animal, na medicina tradicional, na indústria cosmética e têxtil, bem como alternativa no combate à pragas e doenças agrícolas. A despeito destes potenciais, são escassos estudos relacionados à diversidade desta espécie, inexistindo, estudos genéticos e moleculares que subsidiem ações de conservação e, ou, melhoramento genético. Considerando que a extração de ácidos nucleicos, em especial de DNA, é a base para diversos estudos genético-moleculares, objetivou-se comparar a eficiência de sete protocolos de extração de DNA genômico previamente descritos na literatura para outras espécies. Foram utilizadas três amostras foliares por protocolo (sendo adotado o uso de duplicatas para cada amostra), sendo estas amostras coletadas na área de campo experimental da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Itapetinga, Bahia. Após as etapas de extração (definidas em cada um dos sete protocolos considerados), foram avaliadas a qualidade e quantidade de DNA obtido, tendo como base o resultado de eletroforeses com gel de agarose a 1%, a leitura espectrofotométrica realizada através do BioDrop µLITE e teste de amplificação com uso de iniciador ISSR. Análises comparativas entre as imagens obtidas a partir das eletroforeses, bem como estatística descritiva (médias e desvios) das estimativas espectrométricas e os padrões de amplificação com uso de iniciador ISSR, atestam para diferença na eficiência dos protocolos, sendo possível indicar quatro destes protocolos (a saber: P1, P2, P4 e P5) como mais eficientes para extração do DNA genômico de Calotropis procera.
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