FEBRE MACULOSA: REVISÃO-ATUALIZAÇÃO, SITUAÇÃO BRASILEIRA E GOIANA

Auteurs

  • Marcio Eduardo Pereira Martins IF Goiano

DOI :

https://doi.org/10.33837/msj.v1i5.192

Mots-clés :

carrapatos, febre maculosa, Rickettsia, vetores

Résumé

As riquetsoses, zoonoses causadas por bactérias do gênero Rickettsia, apesar de manterem caráter endêmico, estão presentes em todos os continentes do mundo. As Rickettsia spp. habitam glândulas salivares e ovários de artrópodes hospedeiros, e dentre os vetores, os carrapatos são os mais comuns. Essa revisão tem a finalidade de discorrer sobre a febre maculosa trazendo informações e atualizações sobre essa riquetsiose causadas por Rickettsia spp. transmitidas por carrapatos vetores. A riquetsiose mais importante nas Américas é a causada pela R. rickettsii. No Brasil, onde o principal carrapato vetor é o Amblyomma cajennense, a infecção por R. rickettsii (febre maculosa brasileira - FMB), tem crescido especialmente nas Regiões Sudeste e Sul, mas o agente vem se difundindo pelas demais regiões do país. Segundo dados do Ministério da Saúde, no período de 2000 a 2015 foram confirmados 1.387 casos de febre maculosa no Brasil, com 417 óbitos. No Estado de Goiás, que em 2009 era considerado indene, até 2015 ocorreram quatro casos confirmados, incluindo em 2015 um professor da UFG, picado por carrapatos no Campus Samambaia, onde há represas habitadas por capivaras, e equinos conviventes. Os sinais e sintomas das riquetsioses são muito semelhantes, mas a maioria dos casos clínicos traz histórico de febre após picada de carrapatos, podendo apresentar ferida no local da picada e/ou manchas na pele (maculas), entre outros. A reação de Imunofluorescência indireta é o exame padrão para a confirmação do diagnóstico. No tratamento deve-se salientar que as Rickettsia spp., são sensíveis às tetraciclinas e ao cloranfenicol. Por fim, pode-se dizer que as riquetsioses encontram-se em ampla disseminação e, embora ainda tenham caráter endêmico, a globalização das espécies de riquétsias é uma tendência que se constata pela facilidade de difusão em vetores artrópodes.

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Publiée

2018-03-18

Comment citer

Martins, M. E. P. (2018). FEBRE MACULOSA: REVISÃO-ATUALIZAÇÃO, SITUAÇÃO BRASILEIRA E GOIANA. Multi-Science Journal, 1(5), 15–23. https://doi.org/10.33837/msj.v1i5.192

Numéro

Rubrique

Technical Communications

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