Tendências da produção científica sobre o tráfico de espécies

Authors

  • Letícia Pereira dos Santos Universidade Estadual de Goiás
  • Danielle Rodrigues de Araujo Universidade Estadual de Goiás

DOI:

https://doi.org/10.33837/msj.v1i4.119

Abstract

O objetivo deste trabalho foi avaliar as tendências das pesquisas mundiais sobre o tráfico de espécies por meio de uma análise cienciométrica. Foi realizada uma busca por artigos científicos na base de dados Web of Science, sobre o tema comércio ilegal de espécies, publicadas entre os anos de 1991 a 2012. Foram encontradas 254 publicações, das quais não foi encontrada nenhuma tendência no número de artigos publicados ao longo dos anos. Entretanto publicações sobre temas ecológicos, conservacionistas e genéticos apresentaram aumento temporal. Há ainda uma preocupação dos pesquisadores em verificar os impactos ecológicos e a importância da conservação da biodiversidade, por meio de ferramentas moleculares que permitem a identificação de espécies comercializadas ilegalmente. Além disso, a relação das espécies com o interesse final, pela qual ela é comercializada, pode fornecer importantes dados para contribuir com a fiscalização do comércio ilegal de espécies.

References

Barbanera, F. et al. (2012). Conservation of endemic and threatened wildlife: Molecular forensic DNA against poaching of the Cypriot mouflon (Ovis orientalis ophion, Bovidae). Forensic Sci. Int.Genet., 6 (5), 671-675.

Barber-Meyer, S. M. (2010). Dealing with the clandestine nature of wildlife-trade market surveys. Conservation biology : the journal of the Society for Conservation Biology, 24 (4), 918–23.

Barbosa, F. G., Schneck, F., Melo, A. S. (2012). Use of ecological niche models to predict the distribution of invasive species: a scientometric analysis. Braz. J. Biol., 72 (4), 821–829.

Bastos, L. F., Luz, V. L. F., Reis, I. J., Souza, V. L. (2008). Apreensão de espécimes da Fauna Silvestre em Goiás - Situação e destinação. Rev. Biol. Neotrop., 5 (2), 51–63.

Brito, D., Oliveira, L. C., Oprea, M., Mello, M. A. R. (2009). An overview of Brazilian mammalogy: trends, biases and future directions. Zoologia, 26 (1), 67–73.

Carneiro, F. M., Nabout, J. C., Bini, L. M. (2008). Trends in the scientific literature on phytoplankton. Limnology, 9 (2), 153–158.

Chaudhary, R. P. (2004). How to control illegal wildlife trade in the Himalayas - As Nepal’s greatest natural resources approach extinction, the stakes could hardly be higher. Himalayan Journal of Sciences, 2 (3), 15-16.

Destro, G. F. G., Pimentel, T. L., Sabaini, R. M., Boorges, R. C., Barreto, R. (2012). Efforts to Combat Wild Animals Trafficking in Brazil. . In: G. A. Lameed (Ed.) Biodiversity Enrichment in a Diverse World (pp. 421-436). Croácia: INTECH.

Ferreira, C. M., Glock, L. (2004). Diagnóstico preliminar sobre a avifauna traficada no Rio Grande do Sul, Brasil. Biociências, 12 (1), 21-30.

Ferreira, S. M., Okita-Ouma, B. (2012). A proposed framework for short-, medium- and long-term responses by range and consumer States to curb poaching for African rhino horn. Pachyderm, 51, 52-59.

García, M. A. M., Suárez, C. (2000). El Tráfico Ilegal de Especies Silvestres. Cuardernos de Biodiversidad, 5, 12–14.

Glänzel, W., Leta, J., Thijs, B. (2006). Science in Brazil. Part 1: A macro-level comparative study. Scientometrics, 67 (1), 67–86.

Gong, S. P., Wang, J. C., Shi, H. T., Song, R. H., Xu, R. M. (2006). Illegal trade and conservation requirements of freshwater turtles in Nanmao, Hainan Province, China. Oryx, 40 (3), 331-336.

Greenacre, M., Hastie, T. (1987). The geometric interpretation of correspondence analysis. Journal of the American Statistical Association, 82, 437-447.

Hansen, A. L. S., Li, A., Joly, D., Mekaru, S., Brownstein, J. S. (2012). Digital Surveillance: A Novel Approach to Monitoring the Illegal Wildlife Trade. Plos One, 7 (12), 1-12.

Hathaway, D. A. (2004). Biopirataria no Brasil. In: A. A. Rotania & J. WERNECK (Eds) Sob o Signo das Bios - Vozes Críticas da Sociedade Civil (pp. 96). Rio de Janeiro: E-papers Serviços Editoriais.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. (2004). Espécies extintas e ameaçadas de extinção. In: IBGE (Ed) Indicadores de desenvolvimento sustentável (pp. 100-133).1ª ed., Brasil.

Kuhl, A., et al. (2009). The role of saiga poaching in rural communities: Linkages between attitudes, socio-economic circumstances and behaviour. Biological Conservation, 142 (7), 1442-1449.

Lima-Ribeiro, M. D. S., et al. (2007). Análise cienciométrica em ecologia de populações: importância e tendências dos últimos 60 anos. Acta Scientiarum Biological Sciences, 29 (1), 39–47.

Macias-Chapula, C. A. (1998). O papel da informetria e da cienciometria e sua perspectiva nacional e internacional. Ci Inf., 27 (2), 134–140.

Maingi, J. K., Mukeka, J. M., Kyale, D. M., Muasya, R. M. (2012). Spatiotemporal patterns of elephant poaching in south-eastern Kenya. Wildlife Research, 39 (3), 234-249.

Mayr R. M. (1998). The scientific investments of nations. Science, 281 (5373), 49–51.

Nabout, J. C., et al. (2012). Trends and Biases in Global Climate Change Literature. Natureza & Conservação, 10 (1), 45–51.

Peters, R. H. (1991). A critique for ecology. Cambridge: Cambridge University Press.

Pires, S. F., Clarke, R. V. (2011). Sequential foraging, itinerant fences and parrot poaching in Bolivia. Br. J. Criminol., 51 (2), 314-335.

Prado, L. A., Malheiros, R. (2012). A perda da biodiversidade do cerrado goiano mediante o tráfico de animais silvestres. Anais do III Congresso Brasileiro de Gestão Ambiental, 2 (1999), 1–12.

R Development Core Team R. (2011). A language and environment for statistical computing. R Foundation for Statistical Computing, Vienna, Austria.

Redford, K. H. (1992). The Empty Forest. BioScience, 42 (6), 412–422.

RENCTAS. 1º Relatório Nacional sobre o Tráfico de Fauna Silvestre. 1ª ed. Brasília, 2001.

RENCTAS. Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres. (2007). Vida silvestre: o estreito limiar entre preservação e destruição. Diagnóstico do Tráfico de Animais Silvestres na Mata Atlântica - Corredor Central e Serra do Mar. Brasília: Dupligráfica.

Ribeiro, L. B., Silva, M. G. (2002). O comércio ilegal põe em risco a diversidade das aves no Brasil. Ver. Ciência e Cultura, 59 (4), 4–5.

Saab, J. J. (2006). Tráfico ilícito de animais silvestres: a resposta penal segundo a lei 9.605/98. Revista Ciências Humanas, 12 (1), 61–66.

Schwartzman, S. A. (2003). Pesquisa Científica e o Interesse Público. Revista Brasileira de Inovação, 361-395.

Spinak, E. (1998). Indicadores cienciométricos. Ci. Inf.,27 (2), 141–148.

IUCN. (2013).The IUCN Red List of Threatened Species. Disponível em: http://www.iucnredlist.org> Acesso em: 18/07/2013.

TRAFFIC. (2008). International Our Work: wildlife trade. 2008. Disponível em: <http://www.traffic.org/trade> Acesso em: 18/07/2013.

Published

2018-03-18

How to Cite

Santos, L. P. dos, & Araujo, D. R. de. (2018). Tendências da produção científica sobre o tráfico de espécies. Multi-Science Journal, 1(4), 34–38. https://doi.org/10.33837/msj.v1i4.119

Issue

Section

Technical Communications