GUIA PARA CARATERIZAÇÃO FITOTÉCNICA DE CAMPOS DE PRODUÇÃO DE SEMENTES DE MAMONA

Autores

  • Jacson Zuchi Instituto Federal Goiano, Rede Arco Norte
  • Moara Mariely Vinhais Souza IF Goiano - Campus Rio Verde, GO
  • Hélder Sílvio Ferreira Ambrósio IF Goiano - Campus Rio Verde, GO
  • Anailda Angélica Lana Drumond IF Goiano - Campus Rio Verde, GO
  • Lucas Anjos de Souza Instituto Federal Goiano, Rede Arco Norte

Resumo

Com a necessidade do aumento da produção de grãos de mamona, devido à alta demanda dessa oleaginosa, torna-se necessário o conhecimento das características agronômicas e morfofisiológicas de genótipos recentemente introduzidos no Brasil.  A planta de mamona cresce e desenvolve sob acúmulo térmico, sendo que a rápida emergência é fundamental para a aceleração do crescimento. As variações ambientais na produtividade variam em função, principalmente, da disponibilidade hídrica e térmica, contudo a primeira e segunda florada são as que apresentam maior potencial de produção no dossel, o que pode determinar também a qualidade de sementes. Neste sentido, o objetivo deste trabalho foi elaborar um guia para caracterização fitotecnica de campos de produção de sementes de mamona. No sudoeste goiano preconiza-se realizar a semeadura de mamona entre 15 de fevereiro a 15 de março, dependendo do grau de resistência do cultivar a doença Amphobotrys ricini. Outro fator que pode determinar a produtividade são a relação métrica da proporção de flores masculinas e femininas e a densidade de frutos no racemo, o que pode influenciar também a incidência de Amphobotrys ricini. Isto pode influenciar também o percentual de frutos e sementes chochas nos racemos, havendo uma tendência de aumento deste na 2ª e 3ª inflorescência (15 a 40%).  As vistorias técnicas em campos de produção de sementes são obrigatórias, principalmente, na fase reprodutiva do cultivo e de pré-colheita. Para que a vistoria ocorre de maneira eficaz, é necessário que o técnico de campo possua conhecimentos fitotecnicos específicos para a espécie.  No caso da mamona, por ser uma espécie com emissão de floradas múltiplas e variáveis, a observância do desenvolvimento das sementes pode ser um fator importante para o planejamento das etapas de colheita e pós-colheita.

Biografia do Autor

Jacson Zuchi, Instituto Federal Goiano, Rede Arco Norte

Engenheiro Agrônomo, D.Sc. em Fitotecnia, Pós-Doutorado em Ciências Agrárias/Agronomia

Moara Mariely Vinhais Souza, IF Goiano - Campus Rio Verde, GO

Graduanda em Agronomia

Hélder Sílvio Ferreira Ambrósio, IF Goiano - Campus Rio Verde, GO

Graduando em Agronomia

Anailda Angélica Lana Drumond, IF Goiano - Campus Rio Verde, GO

Engenheira Agrônoma, Doutoranda em Ciências Agrárias/Agronomia

Lucas Anjos de Souza, Instituto Federal Goiano, Rede Arco Norte

Bacharel em Biologia, Doutor em Fisiologia Vegetal, Pós-Doutorado em Fisiologia Vegetal

Referências

AMBROSIO, H.; FURTADO, G.; LOPES FILHO, L.C.; GERALDINE, A.M.; BARBOSA, K.F.; ZUCHI, J. Incidência de Amphobotrys ricini em genótipos de mamona nas safras de 2015 e 2016. V Congresso de Pesquisa e Pós-Graduação do IF Goiano/Campus Rio Verde, 2016.

AZEVEDO, D. M. P. DE; LIMA, E. F.; BATISTA, F. A. S. Recomendações técnicas para o cultivo da mamoneira (Ricinus communis L.) no Brasil. CNPA, 1997. 52p.

BARBOSA, L. Metodologias estatísticas na análise de germinação de sementes de mamona. 2010. 108 f. Tese (Doutorado em Agronomia - Energia na Agricultura) - Universidade Estadual Paulista, Botucatu, 2010.

BELTRÃO, N.E. de M.; MELO, F. de B.; CARDOSO, G.D.; SEVERINO, L.S. Mamona: árvore do conhecimento e sistemas de produção para o semi-árido brasileiro. Campina Grande: Embrapa Algodão, 2003. 19p. (Embrapa Algodão. Circular Técnica, 70).

BELTRÃO, N.E. DE M; SILVA, L.C.; MELO, F.B. Cultivo da mamona (Ricinus communis L.) consorciada com feijão caupi (Vigna unguiculata (L.) Walp) para o semi-árido nordestino, em especial do Piauí. Campina Grande: EMBRAPA Algodão, 2002. 44p. EMBRAPA Algodão. Documentos, 97.

BELTRÃO, N. E. M.; SILVA, L. C.; VASCONCELOS, O. L.; AZEVEDO, D. M. P.; VIEIRA, D. J. Fitologia. In: AZEVEDO, D. M. P.; LIMA, E. F. (Ed.). O agronegócio da mamona no Brasil. Embrapa Serviço de Comunicação Tecnológica, 2001. p. 37-61.

CORRÊA, M.L.P.; TÁVORA, F.J.A.F.; PITOMBEIRA, J.B. Comportamento de cultivares de mamona em sistemas de cultivo isolados e consorciados com caupi e sorgo granífero. Revista Ciência Agronômica, v.37, n.2, p.200-207, 2006.

FREIRE, R. M. M. Ricinoquímica. In: Azevedo, D. M. P. de Lima, E. F (e.). O Agronegócio da Mamona no Brasil. Embrapa Algodão. Embrapa Informação Tecnológica, 2001, p.295-335.

MARCOS FILHO, J. Fisiologia de Sementes de Plantas Cultivadas. FEALQ. Piracicaba, 495p, 2005.

SAVY FILHO, A. Melhoramento da mamona. In: BORÉM, A. Melhoramento de espécies cultivadas. Viçosa: Editora: Universidade Federal de Viçosa, 1999. p. 383-407.

SCHMIDT, D.A.M.; MAIA, L.C.; SILVA, J.A.G. da . O redescobrimento da mamona. In: Rosa Lia Barbiere. (Org.). Evolução de espécies cultivadas-.: , 2007, v. , p. -.

Downloads

Publicado

2021-03-12

Edição

Seção

Circular de Pesquisa

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)