Descrição do padrão de venação foliar em Aristolochia esperanzae Kuntze (Aristolochiaceae)

Authors

  • Antonio Carlos Pereira de Menezes Filho Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano, Campus Rio Verde, GO, Brasil. http://orcid.org/0000-0003-3443-4205

DOI:

https://doi.org/10.33837/msj.v2i3.1058

Keywords:

Aristolochia, venação, imageamento

Abstract

As espécies do gênero Aristolochia são frequentemente utilizadas pela população como plantas medicinais para cura ou alívio de doenças, no entanto pouco se sabe as características que diferem as inúmeras espécies da família Aristolochiaceae. Neste trabalho objetivou-se determinar o padrão de venação foliar de Aristolochia esperanzae através da diafanização em diferentes corantes. Para o estudo, foram utilizadas folhas adultas, sem marcas por herbivoria ou ataques por insetos ou fitopatógenos. O material botânico foi coletado em duas áreas localizadas no município de Rio Verde, GO. O material foliar foi diafanizado utilizando os corantes, safranina e azul de toluidina. Os resultados obtidos foram satisfatórios para o corante safranina e em especial para o corante de azul de toluidina que se evidenciaram com maior qualidade e nitidez as estruturas do padrão de venação foliar de Aristolochia esperanzae. Neste estudo observou-se a presença de 7 nervuras primárias, entre 37 a 40 nervuras secundárias, inúmeras nervuras terciárias, quartenárias e quintenárias. Tipo de venação imersa na face adaxial e saliente na face abaxial, as auréolas com padrão fundidas pelas nervuras secundárias e terciárias, e bem desenvolvidas. Presença de vênulas simples e ramificadas apresentando bifurcações, vênulas intersecundárias e pontoações apenas na face abaxial, bem como tricomas glandulares na margem da lâmina. Na margem foliar as vênulas possuem padrão secundário e terciário externo sem a presença de vênulas ramificadas ou bifurcadas. O estudo do padrão de venação de Aristolochia esperanzae apresenta grande contribuição para melhor conhecimento desta espécie, possibilitando avaliar as características foliares na descrição da espécie e sua diferenciação entre os demais táxons.

Author Biography

Antonio Carlos Pereira de Menezes Filho, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano, Campus Rio Verde, GO, Brasil.

Graduado em Ciências Biológicas, Licenciatura e Bacharelado pela Universidade de Rio Verde, UNIRV, GO, Brasil.

Graduado em Tecnologia em Saneamento Ambiental, pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano, Campus Rio Verde, GO, Brasil.

Mestrando em Agroquímica pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano, Campus Rio Verde, GO, Brasil.

References

Ahmed, E. H. M., Nour, B. Y. M., Mohammed, Y. G., Khalid, H. S. (2010). Antiplasmodial activity of come medicinal plants used in Sudanese folk-medicine. Journal Environmental Health Insights, 4, 1-6.

Ahumada, Z. (1975). Aristoloquiáceas. In R. Reitz (Eds), Flora Ilustrada Catarinense. Itajaí: Tipografia e Livraria Blumenauense S.A.

Ahumada, Z. (1967). Revision de las Aristolochiaceae argentinas. Buenos Ayres: Opera Lilloana.

Aleixo, Á. A. et al. (2014). Antibacterial and cytotoxic antibacterial potential of ethanol extract and fractions from Aristolochia galeata Mart. ex Zucc. Journal of Medicinal Plant Research, 8(6), p. 326-330.

Aliscioni, S. S., Achler, A. P., Torretta, J. P. (2017). Floral Anatomy, micromorphology and visitor insects in three species of Aristolochia L. (Aristolochiaceae). New Zealand Journal of Botany, 55 (4), 1-18.

Amede, S. C., Graciano-Ribeiro, A., Rezende, M. H., Faria, M. T. (2015). Morfo-anatomia e histoquímica foliar de Azadirachta indica A. Juss. (Neem) (Meliaceae), cultivadas em Goiás. Revista Eletrônica de Educação da Faculdade Araguaia, 7, 65-89.

Andrade, C. R. S., Lameira, O. A. (2017). Padrão de venação de Psychotria ipecacuanha (Brotero) Stokes (Rubiaceae). Revista Trópica: Ciências Agrárias e Biológicas, 09(01), 104-110.

Araújo, A. de A. M. (2013). Aristolochiaceae Juss. na floresta atlântica do Nordeste do Brasil. (Dissertação de mestrado). Universidade Federal do Pernambuco, Brasil.

Barros, F. (1981). Flora fanerogâmica da reserva do parque estadual das fontes do Ipiranga (São Paulo, Brasil). Hoehnea, 9, 75-76.

Barroso, G. M., Guimarães, E. F., Ichaso, C. L. F., Costa, C. G., Peixoto, A. L. (1978). Sistemática de Angiospermas do Brasil. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos Editora S/A.

Capellari Jr., L. (1991). Espécies de Aristolochia L. (Aristolochiaceae) ocorrentes no estado de São Paulo. (Dissertação de mestrado). Universidade Estadual de Campinas, Campinas, Brasil.

Castro, A. S de., Ferreira, H. D., Rezende, M. H., Faria, M. T. (2015). Caracterização morfoanatômica e histoquímica de Hyptis rubicunda Pohl ex Benth. (Lamiaceae), ocorrente na serra dourada, Goiás, Brasil. Revista Eletrônica de Educação Araguaia, 7, 111-133.

Corrêa, M. M., Araújo, M. G. P., Scudeller, V. V., Viana, M. R. S. (2014). Morfo-anatomia foliar de Couepia paraensis (Mart. & Zucc.) Benth. Subsp. paraensis (Chrysobalanaceae). Natureza on line, 12(4), 164-169.

Correa, M. P. (1984). Dicionário de plantas úteis do Brasil e exóticas cultivadas. Rio de Janeiro, IBDF.

Ehlert, P. A. D., Blank, A. F., Arrigoni-Blank, M. F., Paula, J. W. A., Campos, D. A., Alviano, C. S. (2006). Tempo de hidrodestilação na extração de óleo essencial de sete espécies de plantas medicinais. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, 8(2), 79-80.

Fonsêca, L. C. M., Proença, C. E. B., Gonçalves, E. G. (2006). Descrição do padrão de venação foliar em Spathicarpa Hook. (Araceae). Acta Botânica Brasileira, 21(1), 213-221.

França, V. C., Vieira, K. V. M., Lima, E. de O., Filho, J. M. B., da-Cunha, E. V. L., Silva, M. S da. (2005). Estudo fitoquímico das partes aéreas de Aristolochia birostris Ducht. (Aristolochiaceae). Revista Brasileira de Farmacognosia, 15(4), 326-330.

Francisco, C. S., Messiano, G. B., Lopes, L. M. X, Aristeu, T. G., Oliveira, J. E., Capellari Jr., L. (2008). Classification of Aristolochia species based on GC-MS and chemometric analyses of essential oils. Phytochemistry, 69(1), 168-175.

Freitas, J., Lírio, E. J., González, F. (2013). A new cauliflorous species of Aristolochia (Aristolochiaceae) from Espírito Santo, Brazil. Phytotaxa, 124(1), 55-59.

Gatti, A. B., Ferreira, A. G., Arduin, M., Perez, S. C. G. de. A. (2010). Allelopatic effects of aqueous extracts of Aristolochia esperanzae O. Kunthze on development of Sesamum indicum L. seeglings. Acta Botânica Brasílica, 24(2), 454-461.

Gavilanes, M. L., Castro, E. M de., Pires, M. F., Pereira, F. J., Pereira, M. P. (2016). Micromorfometria foliar de Palicourea rigida, Kunth. (Rubiaceae) em ambiente de Cerrado e Campo rupestre. Revista Cerne, 22(2), 163-170.

Gerra, A., Scremin-Dias, E. (2018). Leaf traits, sclerophylly and growth habits in plant species of a semiarid environment. Brazilian Journal Botany, 41(1), 131-144.

González, F. (2012). Florística y sistemática filogenética inncesariamente disyuntas: el caso de Aristolochia, Euglypha y Holostyllis (Aristolochiaceae). Revista de la Academia Colombiana de Ciências Exactas, Físicas y Naturales, 36, 193-202.

Hickey, L. J. (1973). Classification of arquitecture of dicotyledonous leaves. Botanical Gazette, 60(1), 17-33.

Hoehne, F. C. (1942). Flora brasílica: Aristolochiaceae. São Paulo: Instituto de Botânica de São Paulo.

Hoehne, F. C. (1942). Aristolochiáceas in Flora. Brasílica, 15(2), 1-141.

Kelly, L. A., Soltis, D. E. (1994). Matk DNA – sequences and phylogenetic reconstruction in Saxifragaceae s-str. Systematic Botaniy, 19, 143-153.

Leaf Architecture Working Group. (1999). Manual of leaf Architecture – Morphological description and categorization of dicotyledonous and net-veined monocotyledonous angiosperms. Washington, DC: Smithsonian Intitution.

Lopes, L. M. X., Bolzani, V. S., Trevisan, L. M. V. (1987). Clerodane diterpenes from Aristolochia species. Phytochemistry, 26(10), 2781-2784.

Lorenzi, H. (2008). Plantas Daninhas do Brasil: terrestres, aquáticas, parasitas e tóxicas. (4ª ed.) Nova Odessa: Instituto Plantarum.

Lorenzi, H., Souza, H. M. (2008). Plantas Ornamentais no Brasil: arbustivas, herbáceas e trepadeiras. (4ª ed.) Nova Odessa: Instituto Plantarum.

Lorenzi, H., Matos, F. J. de. A. (2008). Plantas Medicinais no Brasil: Nativas e Exóticas. (2ª ed.) Nova Odessa: Instituto Plantarum.

Merrill, E. K. (1978). Comparison of mature leaf Architecture of three types in Sorbus L. (Rosaceae). Botanical Gazette, 139(4), 447-453.

Nascimento, D. S do., Cervi, A. C., Guimarães, O. A. (2010). A família Aristolochiaceae Juss. no estado do Paraná, Brasil. Acta Botanica Brasilica, 24(2), 414-422.

Nascimento, D. S do. (2008). Estudo taxonômico da família Aristolochiaceae Juss. Do Brasil. (Dissertação de mestrado). Universidade Federal do Paraná, Brasil.

Oliveira, J. H. G. de., Iwazaki, M. C., Oliveira, D. M. T. (2014). Morfologia das plântulas, anatomia e venação dos cotilédones e eofilos de três espécies de Mimosa (Fabaceae, Mimosoideae). Rodriguésia, 65(3), 777-789.

Pacheco, A. G. et al. (2010). Estudo químico e atividade antibacteriana do caule de Aristolochia esperanzae Kuntze (Aristolochiaceae). Química Nova, 33(8), 1649-1652.

Pacheco, A. G., Oliveira, P. M., Piló-Veloso, D., Alcântara, A. F. C. (2009). 13C-NMR Data of diterpenes isolate from Aristolochia. Molecules, 14(3), 1245-1262.

Pacheco, A. G. (2009). Estudo fitoquímico de Aristolochia esperanzae Kuntze (Aristolochiaceae). (Dissertação de Mestrado). Universidade Federal de Minas Gerais, Brasil.

Papuc, C., Crivineanu, M, Goran, G, Nicoresco, V., Durdun, N. (2010). Free radicals scavening and antioxidant activity of European mustletoe (Viscum album) and European birthwort (Aristolochia clematitis). Revista de Chimie, 61(7), 619-622.

Poon, W. T., Lai, C. K., Chan, A. Y. W. (2007). Aritolochic acid nephropathy: The Hong Kong perspective. Hong Kong Journal Nephrology, 9(1), 7-14.

Priestap, H. A., van Baren, C. M., Lira, P. D. L., Bandoni, C. A. L. (2003). Volatile constituints of Aristolochia argentina. Phytochemistry, 63, 221-225.

Reis, R. E. dos., Alvim, M. N. (2013). Anatomia foliar comparada de três espécies do gênero Oxalis L. (Oxalidaceae). Periódico Científico do Núcleo de Biociências, Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix, NBC, 03(6), 59-72.

Schindler, H. (1951). Contributions to a supplement to the hemoapathic pharmacopeia. Arzneimittel-Forschung, 1(4), 186-189.

Silva-Brandão, K. L., Solferini, V. N., Trigo, J. R. (2006). Chemical and phylogenetic relationships among Aristolochia L. (Aristolochiaceae) from southeastern Brazil. Biochemical Systematics and Ecology, 34, 291-302.

Vieira, R. C., Gomes, D. M., Ferraz, C. L. A. (1992). Anatomia foliar de Psychotria nuda Wawra e Psychotria leiocarpa Mart. (Rubiaceae). Revista Hoehnea, 19(1/2), 185-195.

Wu, T. S., Damu, A. G., Su, C. R., Kuo, P. C. (2004). Terpenoids of Aristolochia and their biological activities. Natural Product Reports, 21(5), 594-624.

Wu, T., Chan, Y. Y., Leu, Y. L. (2001). Constituents of the roots and stems of Aristolochia mollisima. Journal of Natural Products, 64(1), 71-74.

Published

2020-01-26

How to Cite

Filho, A. C. P. de M. (2020). Descrição do padrão de venação foliar em Aristolochia esperanzae Kuntze (Aristolochiaceae). Multi-Science Journal, 2(3), 24–31. https://doi.org/10.33837/msj.v2i3.1058

Issue

Section

Biological and Health Sciences